quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Amigos, como o último post deu "ibope", replico mais uma reportagem muito interessante, publicada no site iG, sobre dicas para gastar pouco no Carnaval! Espero que gostem também. Para quem não leu o último post, que fala sobre a importância de não comprometer o orçamento com o Carnaval, fica o convite para lerem também.
No mais, um ótimo feriado a todos! Abraços!


Dicas para gastar pouco no Carnaval

Despesas com a festa devem entrar no orçamento anual, junto às despesas de férias e viagens, dizem especialistas
João Paulo Nucci, especial para o iG - 15/02/2012 05:12


Curtir o carnaval pode sair caro. Os preços nas cidades mais badaladas costumam ir às alturas durante os quatro dias de festa, principalmente para quem deixa para fechar pacotes na última hora. Da água de coco às passagens aéreas, nada escapa da inflação carnavalesca. Quem quiser estar nos principais centros de folia durante a festa não tem como escapar de reservar um bom dinheiro para gastar com transporte, hospedagem, alimentação, ingressos, abadás (no caso dos trios elétricos de Salvador) ou fantasias (para quem deseja desfilar nas principais escolas de samba do Rio de Janeiro ou de São Paulo).

Para minimizar o impacto do feriado nas economias da família, o professor de finanças Ricardo Rocha, da Fundação Vanzolini, recomenda planejamento. “As pessoas deveriam incluir os gastos com o Carnaval no orçamento anual junto às despesas com as viagens de férias e outros feriados”, diz Rocha. “Assim cada um já sabe o quanto tem reservado e sofre menos com as despesas.” O especialista diz que uma pessoa que planejou e juntou dinheiro para gastar R$ 5 mil durante a festa terá menos dores de cabeça do que um folião de última hora que investiu R$ 500 na folia sem ter se preparado para isso. “O importante é não se endividar. Tem gente que ainda nem pagou a terceira parcela do IPVA e contrai dívidas para curtir o Carnaval.”

Outra forma de aliviar a ressaca financeira é procurar controlar os gastos com coisas supérfluas e buscar as opções de lugares mais econômicos ou gratuitos para rasgar a fantasia. Confira alguma dicas:

Fantasias – A não ser que você vá disputar um concurso de fantasias, não há porque investir muito dinheiro em vestimentas específicas para o Carnaval. Reaproveite roupas velhas para improvisar adereços e recorra ao comércio popular para comprar máscaras e outros acessórios baratos e descartáveis. Afinal, dificilmente você vai voltar a usar aquela coroa de princesa ou aquelas asas de borboleta em qualquer outra ocasião do ano. Mais importante do que sair “montado” para a festa é manter sempre em alta o espírito carnavalesco.

Hospedagem – Quanto mais próximo do centro geográfico da festa, mais caro será o hotel. Prefira, portanto, hotéis mais afastados ou em cidades próximas – desde que você se organize para fazer o traslado com segurança. “Fora dos circuitos dos trios elétricos a demanda por vagas diminui bastante”, diz o presidente da Associação Brasileira de Hotéis de Salvador, Carlos Mauricio Periquito. Outra opção interessante é procurar lugar para ficar em casas e apartamentos de particulares. O site AirBNB, por exemplo, traz uma considerável oferta de vagas em vários lugares do país e do mundo. Outro método que costuma funcionar é juntar um grupo grande de amigos para alugar uma casa de temporada. Mas aí é preciso ter muita tolerância com a convivência, para não transformar a festa em pesadelo.

Blocos de rua – Nos últimos anos, uma velha tradição carnavalesca foi reabilitada e ganhou espaço na programação de diversas cidades. Os blocos de rua se multiplicaram pelo Brasil e alguns, como o recifense Galo da Madrugada, tomaram uma dimensão gigantesca, com a participação de centenas de milhares de pessoas. O Recife tem tradição nesse tipo de festa, aberta à participação popular. “São mais de 350 agremiações entre blocos e nações de maracatu que desfilam durante o Carnaval, além de outros grupos de foliões que se organizam informalmente”, diz Renato Lins, secretário de cultura da cidade. Esteja onde você estiver durante o Carnaval, mesmo em cidades com pouca tradição na festa, é certo que será possível encontrar um grupo de foliões que se reúne em bar sob um nome engraçado e sai para cruzar as ruas fazendo farra. É gratuito, espontâneo e divertido.

Na contramão – Que tal aproveitar a festa e conhecer aquele lugar que foge do roteiro dos foliões? Visitar São Paulo durante o Carnaval, por exemplo, garante aos turistas pacotes com até 50% de desconto em hotéis (confira os pacotes disponíveis no site da São Paulo Best Week ). “É uma ótima época para se conhecer a cidade gastando pouco”, diz Bruno Omori, presidente da ABIH de São Paulo. Quem vive nos estados mais procurados pelos foliões, como Pernambuco e Salvador, costuma conseguir passagens aéreas bem mais baratas que o habitual para viajar no contrafluxo. “Muita gente da cidade acaba aproveitando essa época para viajar”, diz Periquito, de Salvador. “Isso acaba movimentando destinos menos badalados durante o Carnaval no próprio estado.” Ir par o hemisfério norte também é uma boa, para quem não se preocupa demais com o frio que faz por lá nessa época do ano. Os preços costumam compensar, pois estamos em plena baixa temporada nos Estados Unidos e na Europa.


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Dicas para aproveitar o Carnaval sem prejudicar o orçamento

Amigos,
Estamos às vésperas do Carnaval, e podemos aproveitar o feriado para descansar ou curtir, sem necessariamente criarmos novas dívidas para o futuro. Pensando nisso, recomendo a leitura deste artigo publicado pelo site InfoMoney, nesta última 2a feira, dia 13 de fevereiro, que aborda exatamente esse assunto, e dá 10 dicas de como aproveitar o Carnaval sem prejudicar o orçamento. Ótima leitura a todos!
Abraços!


Carnaval: confira dicas para aproveitar o feriado sem prejudicar o orçamento
Segunda-feira 13/2/2012, às 11:01
 
SÃO PAULO – Boa parte dos problemas financeiros pessoais está ligada à má gestão do orçamento em momentos de festividades, como o Carnaval. Assim, para aproveitar essa data e evitar uma "ressaca" no seu bolso, vale a pena observar algumas dicas.

A recomendação dos especialistas gira em torno de duas atitudes fundamentais: planejamento e organização. Comprar por impulso e não observar seu orçamento mensal possivelmente vão comprometer sua vida financeira. “É muito comum, nessa época do ano, as pessoas fazerem dívidas que não conseguem liquidar e que comprometem o crédito por um bom tempo. Por isso, é fundamental o planejamento financeiro para conseguir se divertir, sem prejudicar o seu orçamento mensal”, explica a diretora de recuperação da TeleCheque, Dirlene Martins.

Durante o Carnaval, portanto, apesar de ser um momento de descanso e lazer, não se deve descuidar da gestão dos gastos. Caso contrário, quando você retornar da viagem, terá muitos problemas para lidar. “Utilize o crédito de forma consciente, antecipe sonhos e evite pesadelos. Tudo é uma questão de planejamento e organização”, recomenda Dirlene.

Pensando nisso, o educador financeiro Reinaldo Domingos elaborou uma lista de dicas para retornar do Carnaval com as finanças em ordem. Confira:

1. Dentro do orçamento - escolha um local de acordo com suas reais condições financeiras; não adianta querer esbanjar em um evento fora de sua realidade e depois ter de arcar com dívidas;

2. Planejando as festas - leve para as noites apenas um limite de dinheiro contado, pois, no impulso, sempre se gasta mais do que pode;

3. Organizando eventos - organize eventos pré-bailes e festas em casas de amigos ou em sua própria casa, economizando assim no consumo de comes e bebes;

4. Cuidado com os excessos - se for beber, pegue um táxi ou deixe que um amigo que não beba dirija; evite os riscos e custos de multas e acidentes. A saúde deve ser a prioridade;

5. Esteja pronto para imprevistos - reserve sempre 20% a mais do que gastará para imprevistos. Esta reserva proporcionará mais tranquilidade, mas só deverá ser gasta em última necessidade;

6. Divida as despesas - se reúna com amigos e divida as despesas; o Carnaval é uma festa que é muito melhor e mais barata quando a compartilhamos;

7. Gaste menos - limitar as bebidas alcoólicas evita ressaca e gastos, pois este é o item com que as pessoais mais gastam e normalmente perdem o limite;

8. Dinheiro - evite levar para as festas grandes quantias de dinheiro, cartões e objetos de valor. No meio da folia você poderá perder os documentos ou mesmo ser furtado. O pouco que levar ponha em locais de confiança;

9. Use a criatividade - se estiver sem dinheiro e quiser se fantasiar, busque usar a imaginação, economizando neste item. Reciclar é uma ótima pedida;

10. Evite dívidas - evite fazer dívidas por causa de Carnaval; quatro dias de festa não podem se refletir em muitos meses de dívidas.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sete idéias da Campus Party que podem transformar a economia no futuro

Amigos, interessantíssima a reportagem publicada pelo site iG, sobre as tendências que estão modificando a forma como as empresas trabalham atualmente, bem como oportunidades para novos negócios!
Abraços a todos!


Evento discute tendências que estão mudando empresas, processos corporativos e administrações públicas
Pedro Carvalho, iG São Paulo - 09/02/2012 05:55

Numa época em que uma rede social pode valer US$ 100 bilhões, um evento como a Campus Party vai muito além de nerdices e barracas de acampamento. Atentos à chamada "nova economia", os organizadores da quinta edição da feira, que termina no domingo, incluíram na programação uma série de palestras e oficinas sobre temas como empreendedorismo digital e negócios inovadores. Veja, abaixo, sete ideias que circularam no evento e parecem apontar para o futuro da economia, ou pelo menos parte dele.

1) Empresas que usam "inovação aberta"
Nokia, Itaú, Telefonica, Submarino e outras empresas estão usando as mentes brilhantes dos jovens da Campus Party como uma espécie de "departamento de inovação" terceirizado. A ideia se chama open innovation, ou inovação aberta. Uma marca lança um desafio, do tipo "criar um aplicativo para organizar as finanças dos clientes do banco", ou "inventar uma plataforma para vender nossos produtos via celular". Os campuseiros, comunidade de 170 mil pessoas apenas no Brasil, mandam propostas e soluções. O autor da melhor leva um prêmio, normalmente um computador turbinado, ou algo com valor semelhante. "Além de ser mais barato para a empresa, elas conseguem encontrar ideias ‘fora da caixa’ [surpreendentes]", diz Tommaso Canonici, gerente de open innovation da Futura Networks, organizadora do evento. "Serve até para recrutar talentos", acredita.

2) Negócios sociais em favelas
Desde que as favelas cariocas começaram a ser pacificadas, vários tipos de negócios surgiram nas comunidades, como cursinhos noturnos (afinal, as pessoas podiam sair na rua à noite), serviço de mototáxi e venda de imóveis. O mesmo acontece em diversas periferias do Brasil, onde a diminuição da pobreza cria oportunidades de atividade econômica. A nova economia que reverbera na Campus Party se inclina também na direção dos chamados negócios sociais. Esses negócios já contam com plataformas virtuais para levantar fundos (como a Benfeitoria), escritórios de trabalho compartilhado para juntar empreendedores com uma causa (como o The Hub) e até fundos de "investimento de impacto", como o Vox Capital. "Durante anos, discutiu-se formas de levar avanço social para as regiões desfavorecidas. Para nós, a chegada da atividade econômica é a grande forma de promover esse avanço", disse Daniel Izzo, co-fundador do Vox, em palestra da Campus.

3) Mundo corporativo vai virar "game"
A gamificação invadiu o mundo corporativo. A técnica de misturar elementos dos jogos – como dar recompensas em medalhinhas e estrelas, ou fazer os usuários passarem de fases – a assuntos "sérios" é usada para aumentar a produtividade de departamentos, estimular funcionários de call center e até incentivar pessoas a preencherem pesquisas de marketing.

4) Empresas sem horários e pressão
O Google deu o exemplo, criando a "regra dos 20%": todos os empregados poderiam usar 20% do horário de expediente para trabalhar em projetos pessoais. Nesse tempo livre, um funcionário acabou inventando o revolucionário Google Earth. Mas não daria certo para uma companhia tradicional, não é? Bem, a rede de varejo Best Buy criou o ROWE ("results-only work enviroment", ou "ambiente de trabalho onde só importa o resultado"). Quer trabalhar em casa ou no parque? Não importa, desde que traga resultado. A ideia começou como projeto piloto num departamento, cresceu e já impacta positivamente a rede. "As ideias clássicas sobre gerenciamento não ajudam os negócios da nova economia, porque ela depende de pessoas criativas, que não se sentem motivadas por medo ou pressão”, diz Irene Tinagli, especialista em inovação da ONU e apontada pelo Fórum Econômico Mundial como uma das 200 pessoas abaixo dos 40 anos com capacidade de mudar o mundo. Para ela, vale o lema "hire hard, manage soft": "seja muito seletivo na contratação, mas, uma vez que você seleciona, dê ao funcionário liberdade e autonomia", disse ao iG a palestrante da Campus.

5) Vaquinha virtual
A ideia do crowdfunding não é nova, mas ganhou destaque na Campus Party deste ano – talvez porque, enquanto algumas ideias que parecem brilhantes morrem, o financiamento coletivo virou uma realidade e já viabilizou um monte de projetos no Brasil. Funciona assim: alguém pede dinheiro (pouco dinheiro) para tirar um negócio do papel, oferecendo recompensas (também modestas) aos doadores. Se conseguirem levantar a quantia pedida no prazo estipulado, ótimo; se não, devolvem tudo, assim quem participou tem certeza de que só vai doar se o projeto acontecer. Um dos convidados da palestra sobre o tema foi Pedro Markun, responsável pelo “ônibus hacker”, iniciativa que usou um site de financiamento coletivo para arrecadar R$ 40 mil em 50 dias – no fim, eles conseguiram R$ 58 mil. “A ideia do crowdfunding é gênial, você gasta dez reais e passa a ser parte de um projeto que acha importante. É viciante, estou gastando uma grana nisso”, diz Markun. (Outras ideias que já circulam há algum tempo e foram destaque na Campus são o coworking e o crowdsourcing).

6) Novas ideias? Recicle as antigas
"Os novos empreendedores ficam procurando a grande ideia, algo que vai transformá-los no próximo Bill Gates ou Mark Zuckerberg. Não vai acontecer", afirma Irene Tinagli, da ONU. A tecnologia fez surgir tanta coisa nos últimos anos – sites, sistemas de busca, redes sociais, aplicativos – que muitas ainda não se encaixaram para virar um negócio. Agora, a inovação não precisa ser algo completamente novo, pode ser uma recombinação de ideias velhas, acredita a especialista. "É mentira que uma ideia criativa deve ser radical, mudar o mundo, ser original e extravagante, ou mesmo divertida. O que a inovação precisa ser é útil, algo que resolva um problema real", diz.

7) Poder público e a wikicidadania
O exemplo de Porto Alegre foi mencionado em várias palestras da Campus. Há cerca de oito meses, a prefeitura decidiu usar a inovação aberta (veja item 1) para resolver problemas em áreas como mobilidade urbana e saúde. Os desafios propostos tiveram centenas de ideias de solução, vindas do mundo todo. Uma delas vai criar uma moeda virtual para estimular a coleta seletiva de lixo, que dará desconto em imposto e passagens de ônibus. "Em junho, já devemos ter condições de implantá-la", diz Cezar Buzatto, secretário de governança da cidade. A capital gaúcha também pratica o orçamento participativo, que permite ao cidadão decidir para onde vai o investimento público. Além disso, criou o portoalegre.cc, uma plataforma onde as pessoas criam causas – como eliminar um foco de lixo, ou tapar um buraco de rua – e mobilizam empresas e vizinhos. "É uma experiência completamente inovadora, sem nenhum monitoramento, cada um pode colocar a causa que quiser ali", diz Buzatto. O Comitê Gestor da Internet apoia outra iniciativa pública de estímulo à nova economia: os "dados abertos". A ideia é que os governos abram seus bancos de dados para que empreendedores possam usá-los para criar softwares, aplicativos e outras coisas úteis.