quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Juros ao consumidor praticados no Brasil frente aos aumentos da SELIC

Amigos, bom dia!
Replico reportagem muito interessante publicada no Portal iG, seção Economia - http://economia.ig.com.br/financas/meubolso/2013-11-21/juros-chegam-ao-nivel-mais-alto-do-ano-mas-ritmo-de-alta-e-menor-que-selic.html, de autoria de Taís Laporta, sobre as taxas de juros cobradas no Brasil para os consumidores, frente aos aumentos da SELIC que vêm ocorrendo nos últimos meses. Apesar de terem apresentado redução, as taxas cobradas ainda são muito altas, e todo cuidado é pouco na hora de buscar empréstimos e crédito, além de deixar rolar dívidas de cheque especial e cartão de crédito.
Boa leitura e um forte abraço a todos!
 
 
Reportagem original: Juros chegam ao nível mais alto do ano, mas ritmo de alta é menor que SELIC
 
As taxas ao consumidor atingiram seu maior patamar em 12 meses, mas há uma boa notícia: mesmo com a disparada da Selic, elas subiram bem menos que há dois anos
 
Taís Laporta - iG São Paulo | 21/11/2013 06:00:00
 
O consumidor voltou a pagar mais caro para financiar e fazer empréstimos em 2013. Entre seis linhas de crédito – juros do comércio, cheque especial, financiamento de veículos, cartão de crédito, empréstimo pessoal nos bancos e em financeiras – o aumento dos juros desde janeiro, ainda assim, caminhou em ritmo bem mais lento que a guinada da SELIC no período: enquanto a taxa fixada pelo Banco Central (BC) subiu 2,25 pontos percentuais (de 7,25% para 9,5%) até outubro, os juros ao consumidor tiveram um aumento proporcionalmente mais modesto.

Em outubro, eles alcançaram seu maior patamar em 12 meses após seis altas seguidas. Chegaram a 91,42% ao ano, de acordo com a ANEFAC (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) – um crescimento de 2,91%. No mesmo período, a SELIC disparou 31%. “Os juros do crédito não tiveram uma alta expressiva, mas ela aponta que os bancos continuam acompanhando a evolução da SELIC, mesmo que moderadamente”, analisa o diretor executivo de estudos econômicos da ANEFAC, Miguel Ribeiro de Oliveira.
 
O consultor financeiro da Fundação CESP, Wilson Muller, concorda que o aumento dos juros este ano foi pouco significativo, mas acredita que as taxas continuam muito altas. “Mesmo com juros bem menores que no ano passado, eles continuam representando um risco de alto endividamento”, diz.

Recentemente, os bancos públicos lançaram mão de uma política de redução das taxas cobradas no crédito, o que forçou as instituições privadas a seguirem o mesmo caminho. A estratégia bateu com o ciclo de queda da SELIC que teve início em meados de 2011, e só voltou a subir no início deste ano. Em maio de 2012, quando a taxa básica estava no mesmo patamar que a atual (9,5%), os juros anuais do crédito eram de 105,36%, ou 13,94 pontos percentuais acima de outubro deste ano. A redução foi ainda maior em pouco mais de dois anos.

Desde o início do ciclo de queda da SELIC, em julho de 2011 – quando ela batia os 12,5% – a redução média dos juros para pessoas físicas chegou a 26,79 pontos percentuais.

Taxas de juros para pessoas físicas em seis linhas de crédito (outubro de 2013):
LINHA DE CRÉDITOTAXA MENSAL
TAXA ANUAL
AUMENTO(ANTE 09/13)
Juros do comércio
4,19%
63,65%
1,21%
Cartão de crédito

9,37%
162,64%
0%
Cheque especial
7,83%

148,56%

0,77%
CDC de veículos (bancos)
1,65%
21,70%
0,61%
Empréstimo pessoal (bancos)
3,16%
45,26%
1,28%
Empréstimo pessoal (financeiras)        
7,09%
127,50%
0,28%
Taxa média
5,56%
91,42%
0,54%
Fonte: ANEFAC
Cartão é líder em juros

As taxas do rotativo do cartão de crédito ainda são as campeãs em juros altos, embora tenham ficado estáveis nos últimos meses: a cobrança média foi de 192,94% ao ano (ou 9,37% ao mês), seguida do cheque especial, cujo valor dos juros ficou em 148,76% em outubro – menor nível desde novembro do ano passado.

Deixar de pagar o total da fatura do cartão, por exemplo, pode ser perigoso. Se o valor cobrado for de R$ 1 mil, mas o consumidor só puder bancar R$ 150 por mês – considerando os juros médios de outubro –, ele pagará 41% a mais de juros em nove meses e 15 dias: o custo total será de R$ 1.419,58. Isso se conseguir pagar corretamente as parcelas. Se ele preferisse depositar os mesmos R$ 150 mensais na caderneta de poupança durante um ano, teria acumulado R$ 1,848.98.

Para Muller, da Fundação Cesp, a melhor forma para fugir dos juros abusivos no crédito ainda é poupar para comprar à vista. “Quem puder esperar para adquirir o bem e souber segurar o desejo de comprar pagará muito mais barato”, aconselha o consultor. A compra de veículos é um bom exemplo dessa economia, segundo ele.

Se o consumidor economizar R$ 1 mil por mês na poupança durante três anos, terá acumulado R$ 39,243.74 – R$ 3.242,74 só de juros – considerando um rendimento anual de 6%. Já se preferir financiar um veículo do valor que acumulou no mesmo período, pagando juros mensais de 3%, o valor da parcela será de R$ 1.797,47 por mês. Ele terá pago neste período R$ 64.708,92, ou 60% a mais que se tivesse poupado, pelo mesmo veículo.
 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

ARTIGO: Modelo Integrativo - Comportamento Informacional para Decisões Estratégicas: estudos de caso em MPEs mineiras

Prezados amigos,
 
Segue abaixo o link referente ao artigo que apresentei no XIV ENANCIB - Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação, realizado entre os dias 29 de outubro e 01 de novembro de 2013, em Florianópolis (SC).
 
O nome do artigo foi "MODELO INTEGRATIVO - COMPORTAMENTO INFORMACIONAL PARA DECISÕES ESTRATÉGICAS: ESTUDOS DE CASO EM MPEs MINEIRAS", uma consolidação dos modelos oriundos de minha tese de Doutorado em Ciência da Informação pela ECI-UFMG. O artigo foi apresentado no grupo de pesquisa 4 (GT4), cujo tema é sobre a Gestão da Informação e do Conhecimento nas Organizações.
 
Para quem se interessar, o link para leitura do artigo é:
 
Também recomendo uma visita ao site do evento, onde podem ser encontrados e lidos todos os trabalhos apresentados. O link é:
 
Obrigado, e um abraço a todos!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Finanças Pessoais: o que fazer com o 13o salário em 2013 ?

Amigos,
Recomendo a leitura da reportagem abaixo, sobre o uso do 13o salário de 2013. Importante sempre lembrar que, no início de cada ano, o orçamento familiar é impacto fortemente por conta de despesas com escolas, ou impostos como IPVA e IPTU. Vale a pena refletir sobre o melhor uso a ser dado ao 13o a partir deste mês de novembro.
Boa leitura a todos!
 
 
Reportagem publicada no site de Economia do Portal iG, em 03/11/2013, por Wellton Máximo (repórter da Agência Brasil) no endereço http://economia.ig.com.br/financas/meubolso/2013-11-03/especialistas-recomendam-usar-decimo-terceiro-para-pagar-dividas.html
 
Especialistas recomendam usar 13º salário para pagar dívidas
 
Consultores aconselham pagamento de dívidas de cartão de crédito rotativo e cheque especial ou pagamento de IPVA e IPTU
 
Responsável por injetar R$ 143 bilhões na economia brasileira neste ano, o décimo terceiro salário deve ser usado com cautela pelos trabalhadores. Em vez dos presentes de Natal, o dinheiro extra, recomendam especialistas, deve ser empregado para pagar dívidas ou poupado para aliviar o impacto das despesas que costumam pressionar o orçamento familiar depois do ano-novo.
 
Segundo Gilberto Braga, professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), a prioridade para o décimo terceiro deve ser a quitação de dívidas, principalmente o cartão de crédito rotativo e o cheque especial. “Essas são as modalidades com taxas de juros mais altas. Quanto mais rápido o consumidor conseguir se livrar dessas obrigações, melhor”, recomenda.
 
O consultor de varejo Alexandre Ayres acredita que o próprio momento econômico justifica o uso prioritário do décimo terceiro no pagamento de dívidas. “O endividamento dos consumidores não só está alto, como tem crescido de forma consistente neste ano. Sem dúvida, o uso mais prudente para o salário extra é a quitação de dívidas”, explica.
 
Depois do pagamento das dívidas, o décimo terceiro deve ser usado como reserva para as despesas de início de ano. De acordo com Braga, o planejamento ajuda a reduzir o peso de gastos como materiais escolares, renovação de matrículas escolares e impostos como o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), cobrados nos primeiros meses do ano em alguns estados e municípios.
 
Braga sugere que o trabalhador ponha todas as despesas de início de ano numa planilha para ver o que pode ser pago com o décimo terceiro. “Embora o décimo terceiro seja definido como uma gratificação natalina, na verdade, o consumidor deve se organizar para se beneficiar desse dinheiro até o início do ano seguinte. Somente se sobrar uma coisa no final, o décimo terceiro pode ser usado para comprar os presentes de Natal”, diz.
 
Para Alexandre Ayres, melhor do que consumir é usar as sobras do décimo terceiro para aplicar. Ele recomenda aplicações conservadoras, com pouco risco e rendimento garantido. “No atual momento, não me parece ser uma boa alternativa aplicar na Bolsa, mas na caderneta de poupança, que está rendendo cada vez mais com o aumento da Selic [juros básicos da economia]”, aconselha.