segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Saiba se você tem ou não suas dívidas sob controle

Prezados amigos,
Li uma reportagem muito interessante no site http://economia-ig.com.br, denominada "Dez sinais de que você perdeu o controle sobre suas dívidas", de autoria da repórter Olívia Alonso, com base em depoimentos de especialistas de crédito e do PROCON de São Paulo. Abaixo, seguem alguns trechos dessa reportagem, a qual recomendo sua leitura, por considerá-la muito atual e aderente a um problema comum do cidadão brasileiro: a falta (ou perda) de controle das dívidas. Boa leitura a todos! 
 
A paciente chegou tranqüila ao consultório psiquiátrico. Cinco minutos depois, quando começou a falar sobre seu problema, mostrou sintomas físicos de ansiedade. “Ela tremia e transpirava”, conta Dra Tatiana Filomensky, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. A paciente, que prefere não ter seu nome publicado, é viciada em compras e, como consequência da patologia, acumulou uma dívida de R$ 600 mil.

Ela conta que fica o tempo inteiro pensando no que pretende comprar e como vai fazer para conseguir saciar seu desejo. Seu casamento fracassou e os outros membros da família já não conversam mais com ela. “Ela se sente como uma dependente de crack”, diz a psiquiatra. Nos Estados Unidos, 5% da população têm o mesmo problema, segundo Tatiana, mas ainda não há dados oficiais sobre o Brasil. “Mas o caso é muito mais comum no País do que se imagina, e a maior incidência é na população de 31 a 39 anos,” diz a médica.

Em casos menos graves, mas também preocupantes, o endividado costuma esconder as compras para que seus familiares não vejam, ou mentir sobre o preço.

Às vezes o comprador não percebe que está ultrapassando um limite saudável de consumo, diz a Dra Vera Rita de Mello Ferreira, psicanalista e doutora em psicologia econômica pela PUC-SP. Mas as especialistas afirmam que é possível identificar sinais de que as compras estão exageradas e dão dicas de como resolver a situação.

A gravidade do problema não é camuflada pelo próprio consumidor, mas sim pelo fato de existir uma aceitação social do ato de fazer compras, o que não acontece com o consumo de drogas, por exemplo. Além disso, o Brasil está passando por um período de enorme incentivo ao consumo e de crédito fácil, o que estimula a população a consumir e tomar empréstimos, sem que as pessoas tenham consciência do problema que pode estar surgindo.

Ação

Identificar o problema é o primeiro passo para resolver a situação. Mas os especialistas advertem que não basta assumir a dificuldade de lidar com as dívidas. É preciso que o endividado encare a realidade e entenda que “as dívidas são um desafio a ser superado,” diz Patrícia de Rezende, psicoterapeuta e orientadora em finanças pessoais.

Para enfrentar o problema, é preciso coragem. “Há casos em que o comprador sabe que está gastando além do que deveria, mas prefere fingir que está tudo bem. Ele vive em um falso otimismo excessivo e costuma dizer a si mesmo: ‘no mês que vem eu dou um jeito nisso’.” diz Vera. “Mas o tempo passa e, com altas taxas de juros, a situação acaba saindo do controle,” acrescenta. Caso não consiga aceitar a situação sozinho, as especialistas concordam que o endividado deve ter ao menos a iniciativa de buscar ajuda.

Na esfera psicológica, a primeira missão do consumidor – de preferência, com a ajuda de um profissional - é identificar as causas que o levaram a acumular as dívidas, diz Patrícia. Dependendo desta resposta, será trilhado o caminho para resolver a situação.

No âmbito financeiro, é preciso disciplina para conseguir organizar o orçamento, o que muitas vezes vai demandar alguns sacrifícios, como cortes de gastos e uma diminuição do padrão de vida.

O ideal, na opinião de Vera, é que o endividado busque um consultor de finanças de confiança para dar dicas sobre como reestruturar as dívidas. Outra opção é ouvir o que amigos e familiares têm a dizer, “desde que sejam pessoas sensatas,” acrescenta a psicoterapeuta.

SINAIS DE QUE SUAS DÍVIDAS PODEM ESTAR FORA DE CONTROLE:
1 - Esconde as compras para que os familiares e amigos não vejam
2 - Mente que os produtos custaram menos do que o valor real
3 - Sempre adia a resolução do problema das dívidas para o ‘mês que vem’
4 - Paga apenas a parcela mínima do cartão de crédito
5 - Toma empréstimo de uma instituição para cobrir a dívida em outra
6 - Tem sempre uma justificativa para suas dívidas, quase sempre "culpando" um terceiro pela situação (salário, governo, patrão)
7 - Faz as contas dos ganhos e despesas considerando seu salário bruto
8 - Possui dívidas longas – superiores a três meses – de compras de itens supérfluos, que não sejam a casa própria, o carro, ou um crédito educativo, por exemplo
9 - Evita falar sobre as dívidas
10 - Não consegue ficar um dia sem comprar algo

DICAS PARA EVITAR O ENDIVIDAMENTO EXAGERADO:
1 - Corte despesas desnecessárias
2 - Converse sobre o assunto com amigos e familiares, se forem pessoas sensatas
3 - Não compre por impulso e não confunda necessidade de consumo com desejo de comprar
4 - Nunca gaste contando com ganhos futuros ainda não confirmados
5 - Priorize as despesas básicas e reserve parte do salário para situações de emergência
6 - Não faça novos empréstimos para quitar dívidas atuais, a menos que os juros sejam mais vantajosos
7 - Pague sempre o valor total da fatura do cartão de crédito, pois pagamentos inferiores acarretam a cobrança de altos juros
8 - Evite fazer financiamentos ou empréstimos de longo prazo
9 - Ao financiar, leia, entenda e avalie o compromisso que está assumindo. Informe-se sobre o Custo Efetivo Total (CEF) do empréstimo e compare com o de outras lojas
10 - Decida sobre novas dívidas juntamente com sua família


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