sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

TERMÔMETRO SÓCIO DEMOGRÁFICO E CULTURAL - dezembro de 2012

Amigos, inauguro neste mês mais um boletim da série TERMÔMETRO, para destacar alguns assuntos e aspectos principais referentes ao ambiente SÓCIO DEMOGRÁFICO E CULTURAL. No mesmo formato do TERMÔMETRO ECONÔMICO, que sai todo início de mês, este novo boletim abordará assuntos de destaque referentes ao comportamento do consumidor, da população brasileira em geral, além de tendências do mercado de trabalho e da formação profissional, dentre outros assuntos. Espero que gostem!
Abraços, e boa leitura!
 
 
No Ambiente Sócio-Demográfico e Cultural de dezembro, o destaque principal vai para uma pesquisa que aponta as habilidades necessárias ao profissional do futuro (Knowledge Worker). Outros assuntos também merecem destaque neste mês, como a 'Geração Y' e o seu trabalho nas empresas, o número de usuários de telecom no Brasil (incluindo o crescimento do número internautas e de celulares), e a adoção de sistemas de autoatendimento em supermercados no Paraná. O uso das redes sociais pelos indivíduos e pelas empresas de pequeno porte são evidenciados em duas pesquisas interessantes, bem como a decadência do modelo de ‘Compras Coletivas’ neste ano de 2012, o qual havia sido a febre do ano de 2011.
  • 'Knowledge Worker’, o profissional da Nova Era: Antigamente, o maior indicativo de poder era o número e tamanho de terras – ‘Economia Agrícola’. Logo após, a ‘Economia Industrial’ substituiu o mandato agrícola e regeu o comando. Hoje, mesmo ainda com traços da Era Industrial, quem domina o poder é a ‘Economia do Conhecimento’, ou seja, quem investe em conhecimento e informação estará sempre um passo a frente dos demais. E com a ‘Era do Conhecimento’ surgiram os ‘trabalhadores do conhecimento’, ou ‘Knowledge Worker’. Além da incessante busca por novas informações e fontes de aprendizagem, esses profissionais têm como características a capacidade de acompanhar a evolução das tecnologias, a informação e o desenvolvimento de novos modelos de negócio. A criatividade e o empreendedorismo também são pontos fortes e notáveis dos trabalhadores do conhecimento, além de serem qualificados e determinados para solucionar e encarar desafios futuros. Para ser um ‘Knowledge Worker’ não basta mais ter apenas o know-how, é necessário preencher uma série de habilidades que se enquadram no perfil desse profissional diferenciado. São elas:
ð  COMUNICAÇÃO: A comunicação é o elo e a chave para todo e qualquer relacionamento. Com as redes sociais, ferramentas de comunicação organizacional, vídeo conferências, reuniões e apresentação totalmente expositivas, saber comunicar-se de maneira assertiva e adequada para cada tipo de situação é um grande diferencial e uma das habilidades essenciais para o trabalhador do conhecimento.
ð  DOMÍNIO EM OUTRO IDIOMA: Hoje, fronteiras entre países só existem geograficamente. É inevitável desconsiderar a pluralidade de profissionais e etnias no crescimento dos negócios. O trabalhador do conhecimento deve no mínimo ter fluência em outro idioma. Quando falamos desse profissional, a comunicação não deve ser quebrada e muito menos impedida por falta de compreensão e, se tratando de um mundo amplamente global, no mínimo o idioma universal deve fazer parte de seu currículo de habilidades e capacitações.
ð  TECNOLOGIAS: À medida que esses profissionais tenham facilidade para trabalhar com diferentes tecnologias em sua rotina de trabalho, a organização e delegação de tarefas ficarão mais claras e poderá economizar tempo em sua execução. Sem contar na operação de novos softwares que poderão auxiliar no andamento do trabalho.
ð  MULTIDISCIPLINARIDADE: Um trabalhador do conhecimento não deve atentar-se apenas no que diz respeito a sua área de atuação. A capacitação deve ocorrer por diversas áreas. Noções de administração, logística, gestão de pessoas, direito, entre outras áreas mais, estão presentes no dia a dia de boa parte dos profissionais.
ð  SER CRIATIVO, INDEPENDENTE E INOVADOR: Não ter medo de pensar e agir diferentemente da massa e caminhar com as próprias pernas é ter firmeza e confiança de seus propósitos, é acreditar em suas idéias e fazê-las saírem do papel de maneira exemplar.
ð  INTELIGÊNCIA EMOCINAL: A inteligência emocional é a capacidade para reconhecer os próprios sentimentos e os sentimentos dos outros, a fim de nos motivarmos e administrarmos as nossas emoções em nossos relacionamentos.
ð  AUTOCONTROLE: Sem o autocontrole qualquer pessoa fica dependente dos altos e baixos de seus desejos, paixões e emoções que demandam satisfação imediata.
ð  TRABALHO EM EQUIPE: O individualismo ficou para trás e seu reinado ficou na era industrial. Na era do conhecimento pró atividade e compartilhar informações é somar conhecimento. O ‘Knowledge Worker’, além de ser movido pela sede de aprender, trabalha muito bem dividindo suas experiências para somar em um resultado em comum.
Além das habilidades acima,o ‘Knowledge Worker’ é capaz de converter informações em conhecimento, tendo como o aspecto principal de seu trabalho a criação de novos conhecimentos e compartilhá-los com o restante da equipe, criando um produto final visando vantagens para a empresa e seu desempenho profissional.
  • A Geração Y + Mídias Sociais = Trabalho 2.0: Os nascidos a partir de 1980, com menos de 30 anos, são considerados a ‘Geração Y’. Eles cresceram com a Internet e as redes sociais, que começaram sendo um espaço de lazer, e acabaram se tornado um hub de operações profissionais e comercias. A Geração Y é diferente de seus pais (Baby Boomers), porque estes organizavam suas vidas em torno do trabalho, enquanto os ‘Y’ fazem o oposto: seu trabalho deve ser funcional em sua vida. E é por isso, que nos escritório, os ‘Y’ se comportam de maneira notável com as ferramentas tecnológicas: se eles precisam se comunicar com alguém, é mais provável que eles não vão pegar um telefone e ligar, mas vão usar o MSN, Gtalk. Em vez de um fax eles preferem um SMS, convites formais ou informais são trocados por mensagens no Facebook ou Twitter, para encontrar alguma coisa rapidamente eles vão ao ‘tio’ Google ou ao Twitter, pois existem milhões de usuários conectados que podem responder instantaneamente. Dada à concepção que a forma trabalho mudou as tarefas diárias de um trabalhador ‘Y’ são diferentes e envolvem uma série de comunidade online e redes sociais onde eles querem sentir-se úteis e apreciados. A Geração ‘Y’ é hoje a dor de cabeça de seus chefes que devem levar em conta que em dez anos, esses jovens ocuparão os cargos de gestão em negócios, mudando radicalmente a forma como fazemos as coisas. Então, o que agora é um hábito imaturo passará a ser parte da política da empresa: eles vão desestruturar a forma como se vestem e se comunicam as empresas, reuniões formais de trabalho serão reduzidas ao mínimo e as ferramentas 2.0 permitirão resolver praticamente qualquer problema. Claro que, em um ambiente de trabalho onde a virtualização será moeda corrente, não terá muita importância a idade, gênero, cultura e habilidades. Será importante a localização física do empregado que estará conectado de qualquer ferramenta. Velocidade e imediatismo no processo, uma variedade de atividades, diversidade, bom ambiente, boas relações interpessoais, ambiente de trabalho informal, participação e bons gestores farão parte do contexto de trabalho que vai existir em 10 anos na maioria das empresas, onde a Geração ‘Y’ começará a participar a partir de postos de comando.
  • Brasil tem 94,2 milhões de pessoas com acesso à Internet: O Ibope divulgou uma nova edição de seu relatório de audiência da Internet brasileira, e no 3º trimestre deste ano havia 94,2 milhões de pessoas com acesso à Internet no país. Pela 1ª vez os dados do Ibope incluíram crianças e jovens entre 2 e 15 anos com acesso à Internet em casa. Além desse público, estão incluídos no levantamento pessoas com mais de 16 anos e acesso à Internet em casa, no trabalho, em escolas e locais públicos. O Ibope observa que, sem levar em conta as crianças e os adolescentes até 15 anos, o público total com acesso à Internet seria de 85,3 milhões de pessoas. Esse número representa um crescimento de 8,8% sobre os 78,5 milhões de internautas registrados no mesmo período de 2011. Ainda segundo o instituto, do total de 94,2 milhões de pessoas com acesso à Internet, 72,4 milhões têm acesso em casa ou no trabalho. Nesse grupo, 53,6 milhões de pessoas são usuários ativos da Internet, ou seja, acessaram a rede pelo menos uma vez em 30 dias.
  • Brasil encerra novembro com 260 milhões de celulares ativos: O Brasil fechou novembro de 2012 com 260,04 milhões de linhas ativas na telefonia móvel, ante 259,3 milhões registradas em outubro. A teledensidade foi de 131,99 acessos por 100 habitantes. No mês passado, foram registradas mais de 745 mil novas habilitações, segundo balanço divulgado pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Do total de linhas em serviço até novembro, 210,04 milhões são de celulares pré-pagos (80,77%) e 50 milhões pós-pagos (19,23%). Os assinantes de 3G totalizaram 62,5 milhões de usuários. A Vivo se mantém na liderança do mercado brasileiro de telefonia móvel com 75,9 milhões de assinantes e 29,2% de market-share. A TIM é a vice com 69,5 milhões de clientes e participação de 26,7%, seguida da Claro com 64,3 milhões de usuários e 24,7% do setor.  A Oi vem em 4º lugar com 49,3 milhões de linhas ativas e 18,9% da pizza total.
  • Brasil encerrará 2012 com 343 milhões de usuários de telecom: As empresas de telecomunicações deverão fechar o ano com 343,2 milhões de clientes ativos, ante os 337 milhões registrados ao fim do 1º semestre. Estão contabilizados no grupo os usuários de telefonia móvel e fixa, banda larga e TV por assinatura. A estimativa é do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil). De acordo com o presidente do sindicato, Eduardo Levy, só de chips para celulares, a previsão é um total de 262,7 milhões, ante os 242 milhões de dezembro de 2011. "A banda larga deve chegar a 90,6 milhões de pontos, e a banda larga móvel terá um crescimento de cerca de 71% no ano, caso se confirmem as expectativas para dezembro", disse. Em relação a investimentos consolidados, o SindiTelebrasil informa que o setor investiu R$ 16,5 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, valor 18% superior ao registrado em igual período de 2011 (R$ 14 bilhões). Ao longo de todo o ano passado, foram aplicados R$ 22,7 bilhões. Desde o início da privatização do setor, há 14 anos, as empresas contabilizam um total de R$ 266 bilhões em investimentos.
  • 90,8% dos internautas brasileiros estão em alguma rede social: Dados de uma recente pesquisa da Comscore destacam alguns valores que mostram parcialmente como está a situação atual: 1)mais de 90% das pessoas com acesso a Internet está em alguma rede social. As mídias sociais são um destino certo para grande parte das pessoas que tem acesso a Internet. Ativas ou não dentro do serviço, as pessoas visitam; 2) a pesquisa mostra que 11,8% dos internautas se inscreveram no Twitter nos últimos 3 meses; 3) 58% dos usuários são do sexo feminino; 4) 2 em cada 3 usuários dão algum feedback para as marcas nas redes sociais.
  • 17% das pequenas empresas usam redes sociais: Estar nas redes sociais já virou um mantra para os empreendedores. O problema é que poucos estão fazendo uso efetivo destas ferramentas. Segundo uma pesquisa feita pela Pitney Bowes, só 17% dos empresários de pequenas empresas usam as redes sociais para o bem do negócio. O estudo mostrou que o e-mail é o principal canal de comunicação do negócio, com 46% dos entrevistados afirmando que usam o correio eletrônico pela facilidade. Nem sempre, no entanto, o e-mail é usado como canal de marketing. Em seguida, ainda aparecem os tradicionais telefone, com 22%, e mala direta, com 11%. A maioria nem citou as redes sociais como um canal primário de marketing – esta ferramenta aparece com mais frequência em empresas com menos de 10 anos e até 10 funcionários. Só 17% das pequenas empresas disseram usar as redes sociais como canal de marketing. As pequenas empresas falham na hora de medir o retorno destas ações. A pesquisa descobriu que 73% dos empresários não sabem medir a eficácia de e-mail marketing e 80% não têm ideia de como avaliar o retorno das ações com mala direta.
  • Compras coletivas: o mar não está mais pra peixe: Descontos em restaurantes, salões de beleza, hotéis e clínicas estéticas. A febre das compras coletivas levou à multiplicação das empresas responsáveis pela promoção dos famosos cupons. Mas os dias de bonança parecem ter ficado para trás, tanto pela queda da procura dos serviços quanto pelo aumento da desconfiança dos investidores sobre o potencial de crescimento desse tipo de negócio. Há um ano, as ações do Groupon, maior companhia do segmento, estrearam na bolsa americana com um preço de US$ 28. Hoje, os papéis valem cerca de 10% desse valor. Por aqui, há uma constatação óbvia: as compras coletivas já não fazem sucesso como outrora. Os 1.050 sites que operavam no país foram reduzidos para cerca de 800. As reclamações contra esses sites aumentaram 400% no 1º semestre deste ano, segundo o PROCON-SP. O setor também deverá crescer bem menos. De acordo com dados do InfoSaveMe, de janeiro a junho foram movimentados R$ 731,7 milhões, uma expansão de apenas 2% sobre o mesmo período do ano anterior. Como base de comparação, as vendas dos sites de compras coletivas subiram 644% em 2011, chegando a R$ 1,6 bilhão. Nesse cenário, o Peixe Urbano, que fica atrás do Groupon na liderança do mercado nacional, vem diversificando o negócio para recuperar suas margens. Além das tradicionais ofertas, a empresa também fez investimentos para ofertar serviços de delivery e de reservas. "O modelo é como um castelo de cartas", afirmou um consultor do setor, que pediu para não ter o nome revelado. "Há questionamentos sobre a qualidade na entrega do serviço e clareza de informação, sem contar a confusão entre consumidor e prestador de serviço. Não é trivial gerenciar essa equação de maneira que todos terminem satisfeitos", completou. Segundo a EXAME.com apurou, a situação vivida pelo Peixe Urbano ilustra, a seu modo, as dificuldades financeiras enfrentadas no setor. A empresa esperava que os recursos levantados na última rodada de investimentos, que aconteceu em janeiro deste ano, durassem cerca de um ano. Mas o ambiente se mostrou mais desafiador que o previsto. Quando anunciou a entrada dos últimos acionistas - o Morgan Stanley Investment Management e a T. Rowe Price Associates - a empresa também reiterou que uma de suas intenções era expandir a equipe. Não foi o que aconteceu. Menos de seis meses depois, a companhia demitiu quase 20% do seu time de 1.000 funcionários (oficialmente, a empresa não confirma o número). O corte não foi suficiente para fazer o Peixe recuperar a rentabilidade de antes, sacrificada, por exemplo, com os vultosos gastos em publicidade no Google AdWords - uma de suas principais estratégias era figurar como a primeira opção nas buscas realizadas pelos consumidores na web. No mercado, circulam informações que o caixa da companhia estaria apertado. E o cenário não seria dos melhores para captar mais dinheiro. De um lado, a derrocada do Groupon lá fora levanta dúvidas sobre a viabilidade do negócio de compras coletivas, tornando o horizonte turvo para uma abertura de capital na bolsa. Pelo mesmo motivo, outros fundos de private equity estariam reticentes em apostar no negócio.
  • Super Muffato lança 1º sistema de autoatendimento no país: Os clientes de um supermercado da zona sul de Londrina da paranaense Super Muffato estão fazendo compras sem precisar da ajuda de caixas. A rede inaugurou no endereço, segundo a própria empresa, o primeiro sistema de autoatendimento de supermercados do país com a intenção de tornar mais ágil em 20% o tempo gasto pelos clientes nos pagamentos. Por meio do sistema, os clientes da varejista podem, além de escolher os produtos nas gôndolas, pesar, conferir o preço, pagar e tirar o recibo das mercadorias compradas sem precisar da ajuda de um caixa. Comum fora do país, o sistema de self checkout tem a função de evitar ou pelo menos diminuir as filas de atendimento nos supermercados em horários de pico – e, claro, incentivar as pessoas a comprar mais. “Não se trata apenas da oferta de mais um benefício ao cliente, mas sim de uma mudança na forma com que ele se comporta na hora de concluir uma compra, passando de expectador para agente de todo o processo”, diz Everton Muffato, diretor da companhia. O sistema foi testado por dois anos, com ajuda da fornecedora de tecnologia RMS, antes de ser implantado no endereço escolhido no dia 21 de novembro. A expectativa da empresa é implantar no 1º trimestre de 2013 novas unidades do self checkout em Londrina. De acordo com a empresa, a adoção da novidade fez com que seis funcionários que trabalhavam no caixa fossem treinados para ajudar os consumidores a comprar pelos novos quatro caixas instalados na loja. Com isso, outras seis pessoas foram contratadas para ocupar os seis caixas tradicionais, que foram mantidos.
 

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