segunda-feira, 28 de março de 2011

Por que não me sobra dinheiro no final do mês?

Dias atrás, li uma reportagem muito interessante publicada na revista VOCÊ S/A Especial – Organize suas contas. De vários assuntos sobre finanças pessoais (alguns deles comentarei em outros posts), um me chamou a atenção: como cortar pequenos gastos no dia a dia, e chegar ao final do mês com dinheiro no bolso.

A idéia básica é que, todos os dias, de grão em grão, gastamos uma parte importante do nosso dinheiro (ou orçamento mensal) em bens supérfluos, mesmo que eles representem coisas prazerosas do dia a dia, como o cafezinho depois do almoço, a pizza do final de semana, a água mineral no sinal de trânsito em dia de calor, a barrinha de cereais comprada na academia, dentre outros.

Como destacado na reportagem, o problema não é consumir estes produtos, é exagerar na dose, ou consumi-los em excesso. A reportagem cita uma pesquisa da Visa, divulgada em agosto de 2010, apontando que os “pequenos gastos” com cinema, bebida alcoólica, estacionamento, gorjeta, cafezinho, etc., representam até 26% das despesas do brasileiro durante a semana. Mas como disse, não há certo ou errado nesta história. Se você consegue pagar todas suas contas do mês, e ainda sobra dinheiro para estes prazeres diários, sem problemas. O complicado é você chegar ao final do mês tendo que recorrer ao cheque especial, ou à ajuda de amigos para pagar alguma conta, e não perceber que seu dinheiro pode estar indo embora à conta gotas via estes “produtos prazerosos”.

O segredo é anotar tudo! Pode parecer coisa do “Tio Patinhas”, mas saber o quanto você gasta com um café, um chiclete, um chocolate poderá causar uma surpresa muitas vezes desagradável no final do mês. Ao mesmo tempo, abrirá os olhos de muita gente que reclama “meu dinheiro já acabou, e ainda estamos no dia 20, 22...”

Da mesma forma como você deve anotar os gastos principais do mês, como aluguel, contas de água, luz, telefone, escola das crianças, supermercado, etc., anote também, numa folha em separado, os gastos diários mínimos (inclusive, os centavos). No final da semana, some tudo e anote numa conta única chamada “pequenos gastos” (você pode também chamá-la de “conta gotas”, ou “torneira vazando” – fica a critério da sua criatividade... rs). No final do mês, some tudo, e faça as contas de quanto esta categoria de gastos representou no seu orçamento final.

Nos próximos posts, comentarei sobre tipos de investimentos, em como juntar dinheiro para a viagem no final do ano, e outros assuntos referentes às finanças pessoais. Boa semana a todos!

Um comentário:

  1. Professor!
    o negócio é trabalhar e entender que vivemos no Brasil! A adaptação do povo brasileiro para sobreviver nas instabilidades da nossa economia é algo extraordinário. Qualquer outro povo que viesse viver aqui, sairia correndo. Estamos novamente numa galopante inflação que está invisível aos olhos da maioria dos distraídos. Já subiram os preços dos generos alimenticios, dos bens duráveis, dos impostos básicos de água, luz e telefone e o povo continua imaginando que a economia interna está uma maravilha! Vamos em frente professor! Continue escrevendo.

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