quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A decisão de um executivo baseada na racionalidade limitada e na intuição

ARTIGO PUBLICAO NO JORNAL HOJE EM DIA, EM 19 DE OUTUBRO DE 2009

O processo decisório de um executivo se caracteriza como uma tarefa solitária, e nem sempre é estruturado como algo completamente racional. Neste artigo, vamos analisar dois aspectos que influenciam tal processo decisório: a racionalidade limitada e o uso da intuição.

Pressupondo que decisões empresariais visam, quase sempre, resolver questões de negócio, sejam de caráter externo, como a ação de um concorrente ou o lançamento de um novo produto, ou de caráter interno, como a compra de um novo equipamento essencial ao negócio, qualquer decisor, por mais bem informado, nunca terá em mãos e em tempo hábil todas as informações e condições necessárias para uma decisão puramente racional. Essa situação é baseada no conceito da racionalidade limitada, onde o executivo busca a solução satisfatória, e não a solução ótima, para resolver sua questão em determinado momento. Consciente de que nunca terá certeza absoluta sobre todos os critérios de escolha de uma alternativa e suas conseqüências, o executivo decide com base no tempo disponível, nas informações obtidas neste período e na sua intuição.

Numa sociedade caracterizada pela abundância de informações, o tempo sempre será limitado para que qualquer pessoa consiga buscar, ler e entender tudo sobre um assunto. Por isso, as informações que conseguir absorver, no tempo limite para sua decisão, serão aquelas consideradas suficientemente satisfatórias para tal.

Um segundo aspecto utilizado pelo executivo para potencializar os limites da racionalidade limitada corresponde ao uso da sua intuição. Os estudos desenvolvidos sobre o processo decisório, principalmente em pequenas empresas, quase sempre definem a intuição como um componente importante e, muitas vezes, fundamental no processo decisório. Mas a ênfase com que é utilizada está correlacionada, diretamente, à experiência do executivo quanto ao tema sobre o qual a decisão será tomada. Em outras palavras, quanto maior a experiência do executivo em uma área ou assunto, mais assertiva e eficaz tenderá a ser a sua intuição.

É importante, pois, que o executivo tenha noção de como se estrutura seu processo de tomada de decisão (principais etapas) e quais as principais fontes de informação utilizadas (considerando os critérios de relevância e confiabilidade). Com isso, terá subsídios para compreender melhor seu comportamento frente às informações disponíveis, trabalhando com fontes que tornem eficaz seu processo de busca e análise, além de potencializar o uso de sua intuição nas decisões que precisará tomar.

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